domingo, 10 de julho de 2011

AUTO TUTELA,A SOCIEDADE!AUTOTUTELA ?POR QUE?

AUTO TUTELA, REPERCUSSÃO NA SOCIEDADE DA FALTA EFETIVIDADE NO ESTADO


Quando nos deparamos com histórias como a “CARROCEIRO EO LADRAO”, história esta protagonizada, por um lenhador, que resolveu defender seu interesses por conta própria, arrastando um ladrão rua afora dependurado numa carroça com a intenção de chegar até a delegacia, objetivo esse só não alcançado porque acabou sendo abordado por PMS que o conduziram a todos até a então delegacia. Detido o lenhador junto com o deliquente  acabou se dando mau o lenhador  uma vez que o ladra não tinha nada a perder  já o lenhador por portar uma motosserra de onde tirava seu sustento acabou por ser autuado por crime ambiental já que não tinha o registro  de tal ferramenta  de trabalho.o lenhador foi autuado por crime ambiental.O mesmo prendeu o ladrão,salvou suas coisas,mas acabou se dando mal.A pergunta pertinente aqui é,o que está passando com o povo brasileiro,porque agente já não acredita no poder de policia de nosso Estado?Desde que o Estado tomou para si a responsabilidade, de proteger a sociedade entendeu se que o mesmo cumpriria se papel de guardião e protetor dos interesses do cidadão, Mas falta efetividade, em seus desempenhos. Cada vez mais a sociedade brasileira se transforma em um caos social. É certo que os meios não justiçam os fins, bem verdade que não devemos sair fazendo justiça por mãos própria, que não podemos sair arrastando pelas ruas pessoas sejam elas delinqüentes ou não, mas tampouco podemos deixar de nos colocarmos no lugar de pessoas honestas e trabalhadouras que vivem atormentada pela falta de atitude e das autoridades, vendo seu patrimônio e fruto de seu trabalho sendo roubado, furtado sem o estado tomar providência. Desde que o homem, começou a viver em sociedade surgiu à necessidade de criar normas, para resolver os conflitos, pois, para uma sociedade equilibrada e harmônica não era mais possível conviver com a justiça feita pelas próprias mãos, uma vez que esta forma sempre prevalecia à lei do mais forte. Na auto tutela a vontade do mais forte sempre se sobre saia a vontade do mais fraco. Mas esta era a forma de resolver os conflitos,e a confusão sempre era  grande ,e nem sempre sinônimo de justiça .Bem o que  podemos  notar é que na prática,as coisas não estão funcionando desta maneira,a justiça continua não sendo feita,e o Estado tem se mostrado ineficiente,ausente as necessidades do homem ,contemporâneo e pós moderno,isto levando a séria conseqüências ,pois o homem desacreditado  na soberania do Estado,esta voltando tomar para si  o direito de resolver seus conflitos.      
Estamos vivendo a era do conflito,dos descasos,da fome,da miséria,do descontrole mental,e psicológico.Com tanta corrupção e também,distinção nas formas de tratamento com o povo,este já desacreditado,pois,é comum a falta de efetividade do Estado ,e cada vez mais o Estado apresenta se omisso nas formas de resolução das lides diárias,e a paz social cada vez mais se distancia da realidade.Estamos diante  de modelos jurisdicionais,ineficazes,muita morosidade,lacunas abertas,deixando a materialização da justiça a desejar.Quando vemos o  ladrão de galinha que rouba para matar a fome de seus filhos ,ser preso,não que isto justifique ,mas se levarmos em conta os crimes de colarinho branco,da corrupção cada vez mais crescendo e  tornando se impune,resta aqui a pergunta de que justiça estamos falando.
O estado segue cada vez mais,descentralizando,desconcentrando,e delegando poder ,na intenção de melhor atender seu povo,ou resolver as lides,porém  o que de efetivo vemos é que não existe,eficácia.São os poderes judiciário,executivo legislativo ,constituído e legislando fiscalizando executando,seu trabalho.Mas vale aqui elucidar o questionamento do povo,pra quem legislam?Onde esta o direito, direito para quem?São essas indagações que fazem com que a sociedade cada vez mais acredite menos no poder soberano do país. Como conseqüência esta ai  o povo se autotutelando,fazendo justiça pelas próprias mãos.No caso do lenhador,o delegado diz que  a justiça pelas próprias mãos  são coisas corriqueiras do interior,perdão senhores  cabe aqui clarificar que ,para bem entendermos,não é só no interior que acontece estas coisas,é melhor dizermos que no interior quando estas coisas passam acabam  virando noticia nacional ,e cai na mídia,porém nas grandes metrópoles,acontecem sempre estas coisas é tão comum que já não rende noticias,o que dizer dos traficantes que ,cobram suas dividas e resolvem seus conflitos matando ,e as queimas de arquivo,no mundo da política,e as grandes quadrilhas,de ladrões e interceptores que  condenam o traidor com a morte.Isto é  auto tutela meus senhores.Bem parece que quando o delegado fez a afirmação que justiça pelas próprias mãos ,são coisas do interior  ele foi muito infeliz,ou se olvidou  das cidades grandes.Arbitrários,justiceiros,serão só os lenhadores da vida?Os pobres e oprimidos, auto tutela será coisa do interior, dos lenhadores da vida, dos vendedores ambulantes, daqueles que trabalham de dia para comer a noite?

Enquanto não tivermos, uma política mais justa, uma atuação mais efetiva do estado, viveremos estas situações, o cidadão esta cansado de estar encarcerado dentro de suas próprias casas como se estivessem em prisões, enquanto ladrões e delinqüente seguem tripudiando e desafiando o poder da policia. Pior não é incomum vermos que aqueles que deveriam nos defender,também estão,roubando muito mais que tudo  nossa dignidade,.O homem esta  retroagindo no sentindo de resolver seu conflitos isto  é uma verdade,e com certeza não é certo ,porém  a indagação que deixo aqui é :Culpa de quem?

CONCLUSÃO:
Enquanto, não tivermos uma política administrativa, voltada para todos, tratando todos com valores iguais, políticas marcadas por efetividade, atenção aos menos favorecidos, policias melhores remunerados, educação e valorização de educadores, saúde, e acima de tudo um tratamento diferenciado, para pessoas com necessidades especiais, fazendo assim uma política para o Brasil de um povo uma sociedade pluralista com objetivos singulares, viveremos estas situações, onde o povo cansado e desesperado começará a fazer justiça pelas próprias mãos, trará para si aquilo que é responsabilidade do Estado: A segurança, a dignidade, a vida.



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